quinta-feira, 14 de março de 2013

"Homossexual Não-Gay" - Quem são eles?


Ultimamente muito se tem escrito sobre abraçar o estilo de vida gay e de sair do armário. Sair significa jogar todos os medos e decepções e desbravar a estrada da liberdade e da integridade pessoal.

Ainda há determinados grupos masculinos de homossexuais que não buscam preenchimento através da identidade explícita da vida gay. Esses homens escolheram crescer por outra diretriz. A palavra homossexual denomina uma condição psicológica masculina, mas ele não é gay. Gay descreve uma condição contemporânea sociopolítica de identidade e de estilo de vida que o homem não declara. Eu o chamo de homossexual não-gay.

O homossexual não-gay é o homem que vivencia a divisão entre seus valores e sua orientação sexual. Ele é identificado com os fundamentos heterossexuais de vida. O homossexual não-gay sente seu progresso pessoal sobrecarregado por atrações por outros do mesmo sexo.

Antes da liberação do Movimento Gay o homossexual era tachado na literatura psiquiátrica em uma dimensão única sob a perspectiva da medicina condicional. Agora o Movimento Gay tem encorajado novas pesquisas, geralmente conduzido por gays, para mudar ambos os caminhos das experiências pessoais e de relacionamentos que os gays vivenciam. Com o auxílio desses estudos, homens podem decidir se querem assumir um estilo de vida gay ou apenas desenvolver sua luta interna homossexual. Minha esperança é em ajudar a iluminar a estrada que esses homens passam.

Um jovem de 16 anos veio até meu escritório preocupado, pois afirmou ser homossexual. Eu o aconselhei de que se ele reconhece que é, pode optar pela Terapia do Gay Assumido ou pode procurar crescer no desenvolvimento homossexual. Ainda prossegui falando a respeito de um caso de um cliente em terapia. Em primeira instância ele aparentou perplexidade e após algumas considerações disse: “Oh, isso quer dizer que eles ainda não saíram do armário.”

O jovem ficou confuso pela retórica popular de que se você é homossexual, então a única resposta sincera é viver uma vida de identidade gay. Acreditando nisso ele ficou surpreso em ouvir que há homens que por falta de identidade sexual escolhem diferentes batalhas.
Aqueles que buscam terapias reparadoras não culpam estigmas sociais por sua infelicidade. Muitos observam o estilo de vida gay, trilharam um caminho que gerou uma via negativa e retornou de suas desilusões por aquilo que viram e viveram. Suas definições de integridade vêm da tradição familiar. Eles recusam renunciar sua identidade heterossexual. Eles armam-se em sua luta interior ao invés de lutar contra a ordem natural na sociedade. Assim como um cliente de 23 anos me explicou:

“Eu tive esses sentimentos e anseios, mas a ideia de ser um gay me parecia ridículo... É um estilo de vida estranho, de acordo com o protótipo da sociedade... É algo que eu jamais poderia fazer parte.”


Outro jovem disse:

“Eu nunca acreditei que teria tendências homossexuais porque nasci dessa forma. É quase um insulto à minha dignidade e grotesco para meu crescimento ouvir que não haveria possibilidade de transformação.”

Outro jovem disse:

“Para mim, abraçar um estilo de vida gay seria como viver uma mentira. Percebi que seria uma força dolorosa, confusa e destrutiva em minha vida. Somente quando iniciei a observar o que havia por trás desses sentimentos homossexuais é que comecei a encontrar paz e a aceitar isso em mim.”

Tanto a sociedade e a psicologia necessitam compreender o que o homossexual não-gay é. Hoje a sociedade vê esse grupo com certo escárnio e a psicologia percebe que há um ódio a si próprio e equívocos a respeito. Sua identidade está perdida entre as ideologias populares. O mundo evita eles e o mundo gay os desconsideram também. 

O profissional da saúde mental é grande responsável por negligenciar o homossexual não-gay. Pelo fato de dar apoio a liberalidade gay, deixou de lado esse outro lado. Por não caracterizar a homossexualidade como um problema deixa a desejar na luta deste grupo. O não-gay propriamente tem contribuído para a atitude negligente social. Não são encontrados como assuntos estampados como consideráveis que necessitam de atenção. Quão paradoxo e conservador são os homens que lutam contra essa contradição cultural! Hoje até os pedófilos e as prostitutas contam suas histórias na Oprah ou Geraldo.

Há hipótese do mundo gay é o que o mantém dentro do armário tal como o medo ou a ignorância e que com o tempo e educação ele encontrará sua liberdade. Não obstante, assumir que encontrar sua verdadeira identidade é mais complexo e desafiador que viver uma vida gay. Para tal homem, não se expor por completo pode ser um estado dinâmico de crescimento e de autoconhecimento de como transformar-se. Para ele, o armário é um lugar de escolha, desafio, amizade, fé e crescimento – um lugar interior que frequentemente é aberto para sua transcendência.

Recentemente um bom progresso foi atingido pelo conhecimento do gay na sociedade. Agora a mesma compreensão deve ocorrer com o homossexual não-gay. Ele tem uma considerável escolha psicológica e existencial. Ele não é uma pessoa que se culpa, covarde e medrosa. Ele é alguém que na sua identidade total busca não abraçar, mas transformar seus valores homossexuais.

Extraído de: Terapia Reparativa para Homossexualidade Masculina - Uma nova abordagem clínica - Dr. Joseph Nicolosi

Fonte: Closet Full

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