quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Guerreiros em Batalha

Muitas das vezes não obtemos os mínimos resultados esperados na luta pela restauração sexual, pois não estamos completamente convencidos do que realmente queremos, lá no fundo ainda existe uma pontinha de dúvida se vale a pena, se é o que eu quero ou se é possível, ou, até mesmo, se tenho coragem de renunciar ao prazer obtido com certas atitudes ou hábitos e a atenção de certas pessoas.

É necessário estarmos completamente decididos do que realmente queremos, caso contrário, estaremos perdendo o nosso tempo. Devemos atingir uma plena decisão da vontade e ter sempre em mente: 

“NÃO DEVO DEIXAR NENHUM ESPAÇO PARA IMPULSOS PECAMINOSOS”

Cabe a cada um de nós um exame de consciência, para ver se não nos enquadramos em um dos 7 “falsos guerreiros” que cometem erros comuns àqueles que ainda não se decidiram completamente e “acham” que estão lutando, quando na verdade estão apenas enganando a si mesmos e àqueles que se dispuseram a lhes ajudar.

Os Falsos Guerreiros:

I. Guerreiros Críticos 
II. Guerreiros Escrupulosos 
III. Guerreiros Exteriores 
IV. Guerreiros Presunçosos 
V.  Guerreiros Inconstantes 
VI. Guerreiros Hipócritas 
VII. Guerreiros Interesseiros

I. Guerreiros Críticos:

São em geral, inteligentes e orgulhosos, que no fundo até tentam lutar contra os impulsos da carne, porém, criticam as práticas que os outros fazem ou lhes aconselham a fazer, por não agradar à sua culta fantasia.

Estão na luta, mas põem em dúvida todo e qualquer relato de restauração sexual e melhora, chegam a acusar quem relata isso de hipócritas e mentirosos; esse tipo de pessoa causa um grande mal àqueles que estão também na luta pela restauração sexual, pois retira a esperança daqueles que querem dominar os próprios desejos e os desanima.

II. Guerreiros Escrupulosos:

São aqueles que querem mudar a sua orientação homossexual, mas sempre com um pé atrás, querem desenvolver um desejo heterossexual, mas sempre com certo receio de deixar algo “bom” para trás, algo que “talvez” valesse a pena, e não entram nessa batalha de verdade nem estão dispostos a renunciar a si mesmo e seguir Jesus Cristo plenamente.

Evitam tocar muito no assunto, mesmo que interiormente, e pensam: para que renunciar a tantas coisas, para que conhecer tanto do assunto? Não precisa de tudo isso..

III. Guerreiros Exteriores:

Essa classe de pessoas são todas aquelas que fazem constituir toda a sua restauração em apenas práticas exteriores. Aparentam algo que não são, conseguem passar para todos uma imagem que não são, de certo modo isto até seria interessante, pois não é necessário gritar ao mundo inteiro seus conflitos interiores, contudo pecam por ficarem só na exterioridade, internamente não lutam contra seus desejos, pior, até cedem às suas paixões carnais, apenas não externam isso à sociedade. Se interessam apenas no que há de sensível na batalha (não serem julgados, não terem de dar satisfação, não terem de refletir sobre suas atitudes), sem interesse pela parte sólida (emendar de vida, buscar a vontade de Deus para sua vida, não ser escravo de suas próprias paixões)..

IV. Guerreiros Presunçosos:

Os guerreiros presunçosos são aqueles abandonados a suas paixões, ou amantes do mundo, que sob o belo título de cristãos escondem a impureza. Dormem placidamente em seus maus hábitos, sem se violentar muito para se corrigir alegando que como são cristãos, ou fazem alguma obra boa, ou até são mais bondosos do que aqueles que não se entregam aos prazeres sexuais, prometem a si mesmos que Deus lhes perdoará, que não morrerão sem se reconciliarem com Deus.

Quando alguém lhes tenta abrir os olhos, dizendo que sua cristandade não é mais que ilusão e uma presunção perniciosa capaz de perdê-los, recusam-se a crer, dizem que Deus é bom e misericordioso e que não nos criou para nos condenar, que não há homem que não peque.

Não há, no cristianismo, coisa tão condenável como essa presunção diabólica, pois será possível dizer de verdade que se ama Deus, quando pelos pecados, se fere, se crucifica e ultraja impiedosamente a Jesus Cristo?

Dessa forma permanecem no erro.

V. Guerreiros Inconstantes:

São aqueles que lutam contra os impulsos homossexuais periodicamente, por intervalos e por capricho: hoje estão prontos e decididos, amanhã, desanimados e duvidosos; agora mostram-se prontos a tudo empreender para combater seus desejos e logo após já não parecem os mesmos.

Abraçam logo todos os conselhos, métodos e orações e em pouco tempo já nem observam as regras com fidelidade, mudam como a lua.

Vale mais não se sobrecarregar com tantos métodos e orações e fazer poucas com amor e fidelidade, a despeito do mundo, do demônio e da carne.

A luta para se obter resultados deve ser constante!

VI. Guerreiros Hipócritas:

São todos aqueles que cobrem seus pecados e maus hábitos com o manto de religiosos, de cristãos, a fim de passarem aos olhos do mundo por aquilo que não são.

VII. Guerreiros Interesseiros:

Há ainda aqueles que dizem lutar, mas o fazem por puro interesse, só recorrem a Deus e dizem estar lutando contra seus impulsos sexuais, para ganhar algum processo, para evitar algum perigo, para se curar de alguma doença, ou em qualquer necessidade desse gênero, sem o que não estariam lutando..

Cuidemos, portanto, para não pertencermos ao número dos guerreiros críticos que em coisa alguma acreditam e tudo criticam; dos guerreiros escrupulosos que receiam demasiadamente deixar o homossexualismo; dos guerreiros exteriores que fazem consistir toda a sua luta em práticas exteriores; dos guerreiros presunçosos que sob o pretexto de sua falsa fé continuam afogados em seus pecados; dos guerreiros inconstantes que por leviandade variam suas orações, seus métodos e procedimentos ou até mesmo os abandonam à menor tentação; dos guerreiros hipócritas que se metem na igreja a fim de se passar por bons; e enfim, dos guerreiros interesseiros que só recorrem a Deus e dizem estar emendando suas vidas para se livrarem dos males do corpo ou obter bens temporais.

Devemos ter em mente que somos livres, mesmo sob a forte pressão de um desejo ardente. Exercer a liberdade da vontade é reconhecer que sou senhor dos meus impulsos, e não escravo de meus desejos.
Quanto maior a desaprovação interna moral (mais clara a percepção da feiura moral da ação), tanto melhor se consegue dizer “não”.

Nos momentos de queda: não dramatizar, pensar: ‘sei que foi bobagem, mas vamos em frente’. Nos momentos de tentação: ‘recorrer à oração’ e isso exige um esforço da vontade.

Além de devermos estar vigilantes, devemos trabalhar o lado positivo: ‘servindo’. Devemos nos fazer a seguinte pergunta: “qual seria ou poderia ser minha contribuição nesta situação?” ao invés de: “o que há de bom para mim nisso? Como posso tirar lucro dessa situação? O que os outros podem fazer por mim? Que impressão posso causar neles?”

Deve-se refletir sobre suas responsabilidades honestamente (em relação à igreja, amigos, família, trabalho, saúde, corpo, tempo de lazer).. Ao invés de se sufocar na autocompaixão sobre sua trágica situação.

Aprender a amar, começa por cultivar um interesse na outra pessoa, dessa atenção interna resultam pequenos gestos e ações; a pessoa começa a sentir-se mais responsável pelos outros. (Mas, sem se sentir obrigado a assumir a vida toda de outras pessoas sobre seus ombros. Essa forma de assumir responsabilidades pelos outros pode ser uma outra maneira de expressar o egocentrismo: eu sou a pessoa importante sobre a qual está o destino do mundo).

Essa luta interior contra os impulsos homossexuais é uma variante específica da luta de todo homem para superar suas áreas pessoais de infantilismo. Então abrace a sua cruz e a carregue!

Busque ser constante na sua luta, e lembre-se que quanto às tentações sexuais, forte é aquele que foge da situação de pecado, e fraco é aquele que a enfrenta, pois certamente cairá em tentação. Pois a carne é fraca, e também insaciável, sempre desejará mais e mais.

Santana Assis
Fonte: Closet Full

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